"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada." ( Clarice Lispector )
sábado, 27 de novembro de 2010
Passageiro
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Apocalipse
sábado, 30 de outubro de 2010
Profano
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Fênix
E mais ainda
Custou cinza
E reviveu o inimaginável
19 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Estrela (de)cadente
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
A solidão
Aula de Função Composta
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Flautim de soluços
Anne Andrade
05 de agosto de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O sentido do vazio
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Cadê tua mãe, Criança?
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O Beijo
Astro Rei
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Pedrinha
Navegamos
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Claro sobre trilhos
Faz isso não
Poupe tua vida
Sonhe de pé no chão
Antes chegada que partida
Não se atire
Isso aqui é precipício
Mas não se retire
Da sina do início
Não se jogue também
Aí trilhos são
Eis que vem o trem
Pode ver aquele clarão?
Aquele claro não é liberdade
Nem tampouco salvação
Vem mostrar-te a verdade
Trazer-te a decepção
O claro vai fazer
Teus sonhos caírem por terra
E tua alma há de ser
Arruinada sem reserva
O claro vai te mostrar
Quão miserável que és
E há de derrubar
O que sustenta teus pés
O claro vai revelar
Que tu não tens caminho
Nunca tiveras lar
E sempre fora sozinho
O claro dará fim
A esses teus sonhos mesquinhos
E desse teu jardim
Mostrar-te-a espinhos
Esse mundinho que você se esconde
Será esmiuçado e convertido a pó
E o vento o soprará para longe
Sem pesar, piedade ou dó.
Fala pra mim
Está vendo aquele clarão?
Ele traz consigo teu fim
Em seu último vagão
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Brecha
Fora de cena
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Receita viva
sábado, 7 de agosto de 2010
Fingidor que finge a dor
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Parcialidade evolutiva
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Devaneio tolo
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Pensar
terça-feira, 20 de julho de 2010
Aos 17
Menos um para viver
Mais um que já vivi
Dias... do tempo, á mercê
Será que agora eu levanto?
Tomo um rumo nesse mar?
Já tá ou passou do ponto?
Será que agora dá pra voar?
E meu coração? Esse mero pulsador
Guardado em lata de conservar
Teria, alguém, um abridor?
Vê se ensina o ignorante a amar
E meus sonhos?
Não quero, nem posso deixá-los
Passei todos esses anos
Para construí-los e aperfeiçoá-los
E minha criança?
Ah... essa vai comigo
Não a quero só como lembrança
Mas, quero a pureza servindo de abrigo
E Meu Deus?
Imploro que seu amor por mim não cesse
És o topo dos sonhos meus
E de minha alma, o alicerce
Sou dessa rota, navegador
Do desejo, ser feliz
De minha história, escritor
E da vida, aprendiz
...continua aos 18.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Sou
Se tento me definir
Entro em contradição
Sou o meio termo do sentir
Sustento-me na oposição
Não tenho certeza do que sinto
Acho até que minto
Atropelam-me todos os sentimentos
Escrevo e derramo minha alma
Aglutinados estão alegrias e tormentos
E frustradas as tentativas de restituir a fleuma
Apostando aliviar o coração
Á mais intensa tempestade sou acometida
Ventos levam pra mais longe a explicação
Para essa existência conturbada e estarrecida
O infinito habita em meu ser
O vazio preenche minha alma
Sou o não querer do bem querer
O veneno do caos, êxtase da calma
A metamorfose ambulante e a estagnada
Do riso, tristeza e alegria
A emoção racionalizada
O sol da noite, a lua do dia
Sou do doce, o amargo
Do amargo, o azedo
Do azedo, o salgado
O paladar do dedo
Nas águas, uma chama acesa
Nas chamas, o gelo a arder
Nos céus, a liberdade presa
Na terra, o pó que não se vê
Sou a diagonal do horizonte
O frio que aquece
O raro que tem de monte
O imortal que perece
Sou ângulo maior que 360°
O produto de todos os algarismos de 'pi'
O 73 do 50
O que soma ao dividir
Relógio anti horário é o meu
Estou á zero negativo do equador
A oeste o meu sol nasceu
E á norte ele irá se pôr
Sou a hipérbole em eufemismo afogada
A denotativa conotação
Gramática de regras ausentadas
O termo implícito da oração
O fóton que não foi tragado
O cloroplasto animal
A proteína sem aminoácido
O recessivo que é normal
Não importa se sentido eu faço
Importa que, sou
Nem qual o caminho que traço
Importa que, vou
Anne Andrade