Minha vida se edifica
Junto pedaços, e me faço inteira
Do eco que ainda fica
O passageiro, muitas vezes me assusta, pois cada segundo é o último dele mesmo, ainda que não tenha acontecido o primeiro. E, até mesmo os pares são ímpares, uma vez que deles não se acham iguais. Controverso a “não há nada novo sob o sol”, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. E o passageiro sempre passa num passo ligeiro, deixando um eco vagaroso e singular, numa fugacidade eterna.
Anne Andrade