segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Aula de Função Composta


Ah! Que vontade de descansar minhas pálpebras sobre meus cílios inferiores. Queria uma fuga ao inconsciente, deixar aflorar na mente o que só Freud explica. Esquecer da equação composta e emudecer o professor Ivan, descansar meu consciente, desligar minha lógica. Nem travesseiro de plumas eu exijo, só onde reclinar a cabeça, e sossegar meu corpo e mente, que andam fartos do muito fazer, do muito pensar; na tentativa de comportar o que há acima dos céus, abaixo da terra, e a vã filosofia em pouco mais de um quilo de massa encefálica. Não consigo nem quero entender o “f” de “x” usando o “g”, que se atira do pincel, em direção ao quadro branco á frente; o “g” é tão obscuro, indecifrável, tão incógnita, corre e dança pelo quadro, e me diz: “fecha teus olhos”. Que a matemática mate essa temática e me mate por alguns minutos. E que em meus sonhos ela seja bem vinda, quiçá, explicada pelos vanguardistas. Mas num chacoalho, a realidade me assusta e grita em meus ouvidos: “Deixe de ser mole, vadia, e volte a prestar atenção na aula!”.

Anne Andrade
01 de outubro de 2010

4 comentários:

  1. Você é brilhante! Como uma aula de matemática pode dar tanta inspiração?
    Fico feliz, por ter meu desenho aqui, dando uma "graça" no seu texto! haha

    Parabéns! *-*

    ResponderExcluir
  2. ' Realmente, vpcê é brilhante, como uma aula de matemática pode dar tanta inspiração? ² logo matemática, haha

    ResponderExcluir