Não sou do agora
Não sou do futuro
Muito menos do outrora
Não tenho lugar
Não sou daqui
Nem do lado de lá
Não tenho pr’onde ir
Sou peregrino
De nenhum lugar
E o meu destino
É viandar
Eu quero tudo
Eu quero o nada
É longa a minha caminhada
Eu não tenho estrada
Conheço todo mundo
E não tenho amigos
Ninguém me conhece
Não corro perigos
Eu não existo
Invento minha memória
Alguém, por favor, escreva um livro.
Dê-me uma história!
Anne Andrade
15 de fevereiro de 2013
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